quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Valérian #03



Pierre Christin, Jean-Claude Meziéres (2017). Valérian Volume 3. Lisboa: Asa.

Bem-Vindos a Aflolol: o planeta que é o cerne industrial do império terrestre recebe a visita de estranhos viajantes, na verdade os habitantes originais de um planeta que se acreditava não albergar vida inteligente. Seres de vida muito longa, sulcam as vias espaciais e regressam pontualmente à sua terra natal naquilo que para si são breves viagens, mas milénios em tempo humano. Têm o direito de habitar o planeta que é seu, mas o conflito com as necessidades industriais é óbvio. Simplesmente, não se pode abandonar um território tão útil para o império, apesar de quaisquer direitos que os indígenas reclamam. A administração terrestre tenta isolá-los em reservas, e colocá-los a trabalhar nas indústrias planetárias, mas tudo o que conseguem é uma sucessão de hilariantes acidentes. O problema resolve-se quando os nativos decidem regressar ao seu nomadismo espacial, deixando o planeta livre para os colonos terrestres. É Valérian que tem a triste tarefa de administrar os direitos dos nativos do planeta. Uma metáfora leve, mas contundente, sobre as heranças do colonialismo. Originalmente publicado em 1971.

Os Pássaros do Mestre: com a nave despenhada num planeta que é uma armadilha nas vias espaciais, Valérian e Laureline são apanhados por uma estranha civilização que se dedica unicamente a alimentar um misterioso mestre. Todos são náufragos espaciais, escravizados pelo medo dos temíveis pássaros que provocam a loucura, dominados por um mestre que nunca viram.  revolta de alguns dos náufragos, com ajuda dos agentes espácio-temporais, irá revelar que o tal mestre é uma criatura amorfa, capaz de usar influências hipnóticas para despertar os piores medos no interior de cada indivíduo, e assim controlá-los. Originalmente publicado em 1973.